Descrição
Propriedades e Indicação: Hoof Protec é uma Tinta bi componente líquida, a base de poliuretanos (PU) naturais de secagem rápida.
Desenvolvido para aplicação sobre as camadas de ataduras de crepe, em curativos de bandagens das patas dos animais submetidos a tratamentos de lesões podais, com o objetivo de prolongar a durabilidade destes curativos de casco e facilitar os procedimentos e cuidados de enfermagem pós-operatórios.
Hoof Protec é indicado nos casos de tratamentos de lesões podais complexas de difícil cura, que exigem um pós-operatório longo e trabalhoso.
Com Hoof Protec, o médico veterinário é capaz de tratar os ferimentos das patas dos animais com uma única visita, em uma única etapa (Tratamento One Step), eliminando os cuidados de enfermagem pós-operatórios. Um curativo bem feito, poderá ter durabilidade de 60 dias ou mais e é chamado de “curativo de longa durabilidade ou Long Time Hoof Bandage (LTHB).
INSTRUÇÕES DE USO
Leia atentamente as instruções de utilização antes de aplicar Hoof Protec.
Validade: 12 meses a partir da data de fabricação rotulada nos frascos.
Orientações de aplicação: Após a realização de um bom e confortável curativo de casco com varias ataduras de crepe, lacear para evitar a compressão e complicações vasculares na pata, em seguida embebe-lo com HOOF PROTEC. Para isso deve-se misturar os componentes A e B, homogeneizá-los e imediatamente derramar sobre o curativo, espalhando com auxílio de uma das mãos e apertando, para que ocorra maior absorção.
NOTA: A aplicação de Hoof Protec sobre o curativo de casco deve ser realizada imediatamente após a homogenização, pois em alguns minutos inicia-se o processo de secagem. A secagem completa ou cura, ocorre entre 10 e 15 minutos, mas não é necessário aguardar, logo após a aplicação o animal deve ser solto, para que o curativo se acomode na pata em movimento e ao secar, se torne anatomicamente confortável .
Cuidados: Armazenar fora do alcance de crianças e animais. Durante o manuseio, utilizar luvas de procedimento, para proteção das mãos, seus componentes são inertes à superfície da pele, porem, de difícil remoção. Em caso de contato com a pele, limpar imediatamente com papel descartável ou pano embebido em tiner ou água raz. HOOF PROTEC não é solúvel em água.
NOTA: A embalagem contendo Componente A (PU) deve ser agitada antes da utilização para que ocorra homogenização de seus componentes.
Após a utilização, manter as embalagens protegidos da luz solar, em local fresco e com as tampas fechadas.
Cuidados para prevenção de dermatite de contato (DC):
A utilização de Hoof Protec exige alguns cuidados, pois o curativo de casco torna-se uma bota na pata do animal e alem das suas vantagens, poderá causar desconforto, principalmente se entrar em contato direto com a pele ao redor do casco e causar irritação, que, quando não observado, leva ao aparecimento de ferimento local que denominado de dermatite de contato (DC), causado pelo atrito do curativo com a pele e se negligenciado poderá produzir agravamento, inchaço e sérias complicações.
A habilidade em se produzir um bom curativo de casco, o número e tipo de ataduras e os produtos antimicrobianos utilizados são fatores determinantes na qualidade, durabilidade e ocorrência de DC.
1 – Habilidade do operador: Para se produzir um bom curativo de casco, confortável e duradouro, é necessário exercício prático e habilidade que se adquire com o passar do tempo e aprimoramento. As voltas de ataduras ao redor da pata devem ser justas e não apertadas, o suficiente para que o curativo não caia e frouxas o suficiente para que não causem resistência à vascularização sanguínea da pata e desconforto. As regiões mais atingidas pela dermatite de contato são a pele logo abaixo das sobre-unhas ou para-digitos e ao redor do espaço interdigital, tanto na sua face cranial como caudal. Sendo assim, antes de se pensar em proteger o ferimento, propriamente dito, em quais quer lugar que seja no casco, devemos nos preocupar com estas regiões, aplicando algumas camadas de ataduras, sob leve pressão e com poucas voltas, preparando uma base de proteção à pele para as camadas de ataduras subsequentes, só depois é que voltamos a atenção à proteção do ferimento. Devem ser aplicadas quantas camadas de ataduras forem necessárias para que o curativo torne-se confortável e duradouro.
2- Numero e tipo de ataduras: Relaciona-se o conforto e durabilidade do curativo de casco ao tipo e número de ataduras utilizadas. Preferencialmente recomenda-se as ataduras de crepe 100% algodão, pois, ao mínimo de atrito com a pele, se rompem não causando DC, as ataduras compostas de algodão e nylon devem ser evitadas. Também, quanto maior o número de ataduras utilizadas no curativo de casco, observa-se a ocorrência de maior conforto e durabilidade, podendo-se utilizar entre 8 e 12 ataduras para um LTHB. Desta forma, Hoof Protec penetra nas camadas mais superficiais do curativo, não entra em contato direto com a pele ao redor da pata e as camadas mais profundas tornam-se uma almofada de proteção ao ferimento e à pele ao redor do casco, reduzindo a ocorrência de DC.
3 – Produtos antimicrobianos e etapas do desenvolvimento do LTHB: O curativo de casco de longa durabilidade (LTHB) exige a utilização de produtos específicos de longa ação, no seu interior, para controle de micro-organismos patogênicos, pois constitui-se de uma proteção fechada, livre de ventilação, propícia a penetração e acúmulo de umidade, ambiente favorável a multiplicação de agentes patógenos. Para garantir uma boa proteção antimicrobiana do ferimento por um longo período de tempo no interior do LTHB recomendo a seguinte conduta clínica:
- Primeira Etapa: Recorte funcional das unhas, minucioso e delicado debridamento cirúrgico e assepsia da lesão podal, sob anestesia local regional infiltrativa de Beer.
- Segunda Etapa: Uso tópico de antimicrobianos diretamente sobre a ferida. Aplicar sobre a área ferida (uso tópico), Intra Repiderma Spray (Elanco – Brasil), 30g (1 colher de sopa) de Terramim 400 (oxitetraciclina 1% – Dispec do Brasil) em algodão, duas ataduras de crepe (Cremmer Sysne 10 cm x 1,80m). No caso de retirada do tiloma ou hiperplasia interdigital, não utilizar o Intra Repiderma no interior da cavidade interdigital, apenas oxitetraciclina.
- Terceira Etapa: Utilização de sulfato de cobre (pó) como mecanismo antimicrobiano não tópico de longa ação. Envolver o curativo de casco, especificamente sobre a região do ferimento (que está previamente protegido por ataduras), com 50g (1 colher de sopa) de sulfato de cobre em pó em algodão, em seguida envolver com mais camadas de ataduras até que se observe a formação de um bom curativo de casco, seguro, e confortável.
Nota Importante: Aplicar o envolvimento da pata com ataduras exercendo leve pressão e força de estiramento para que não fiquem demasiadamente apertadas, possam estrangular e dificultar a vascularização da pata. Para ajudar lacear e afrouxar o LTHB recomenda-se que, a cada três ataduras colocadas, com o auxílio de uma “chave de fendas”, introduzida entre a pele e o curativo, executar movimentos de alavanca com sua ponta, tendo o cabo apoiado no estojo córneo para evitar causar ferimentos.
- Quarta Etapa: Aplicação de revestimentos de curativos de casco. Para maior durabilidade, conforto e funcionalidade do curativo de casco de longa durabilidade, recomenda-se a utilização de dois tipos de revestimentos, Hoof Protec e Tinta Asfáltica. Hoof Protec é indicado para as regiões de maior contato com o solo ou piso, por possuir excelentes propriedades de resistência ao desgaste, assim, restringir a aplicação de Hoof Protec na região de sola, espaço interdigital e circundar as porções mais baixas ao redor da pata de forma a formar uma cintura logo acima das coroas de ambas as unhas para dificultar a laceração e desgaste natural do curativo nestas regiões. Deve-se evitar aplicação de Hoof Protec nas regiões onde o curativo de casco terá contato direto com a pele, como próximo aos para-dígitos ou sobre-unhas, nestas regiões recomenda-se aplicação de tinta asfáltica, que além das propriedades tixotrópicas que retardam a laceração natural do curativo, não causam desconforto, atrito com a pele e dermatite de contato. Assim, o LTHB terá com duas cores, branca de Hoof Protec nas porções mais distais, em contato com o solo e negra da tinta asfáltica nas regiões proximais de contato com a pele.
Precauções: Mesmo com todos os cuidados, alguns animais poderão desenvolver dermatite de contato e sendo assim determinamos algumas recomendações:
1 – Evolução esperada: Nos primeiros dias que seguem ao procedimento cirúrgico, naturalmente observa-se a ocorrência de desconforto pós-operatório, porem, espera-se uma redução gradativa nos dias que seguem e uma medicação analgésica e ou anti-inflamatória poderá ser prescrita para os casos extremos.
2 – Sinais a serem observados no dia seguinte: O aparecimento de edema ou inchaço da pata, logo nos primeiros dias, não apresentado anteriormente, pode ser um sinal de que o curativo de casco está demasiadamente apertado e neste caso, deve ser substituído imediatamente, a negligência a este sinal poderá acarretar redução do fluxo sanguíneo da pata e severas complicações.
3 – Sinais a serem observados nos dias que seguem: Em um pós-operatório normal esperado, nos dias que seguem observa-se uma redução gradual do desconforto, claudicação ou manqueira e o animal passa a caminhar naturalmente, como se não houvesse qualquer ferimento na pata, passa a caminhar mais, alimentar-se melhor, observa-se uma significativa melhora na postura e condição corporal, mostrando muito conforto e bem estar. Com o passar dos dias o curativo tende-se ao desgaste natural e laceração e após 40 dias aumentam as chances da ocorrência de DC, que pode ser diagnosticado a partir do retorno à claudicação e desconforto, anteriormente ausentes, sob estes sinais, o curativo de casco deve ser imediatamente removido. Assim, deve-se recomendar aos campeiros cuidadores dos animais, que observem periodicamente os animais em tratamento quanto a presença de desconforto, assim como sua intensidade e evolução e em caso de dúvida, remover e substituir imediatamente o curativo de casco.
Através da utilização de Hoof Protec e LTHB, a unica recomendação feita aos proprietários, funcionários e campeiros é a observação da integridade e conforto dos curativos de casco e se necessário proceder a sua remoção.
4 – Visitas para acompanhamento pós-operatório: Todo procedimento deve ser instruído e ou monitorado por Medico Veterinário, assim como as recomendações de antibiótico e anti-inflamatório terapias, quando necessário.
Recomenda-se que seja realizada uma nova visita, entre 40 e 60 dias do pós-operatório para avaliação da evolução clínica. Nesta data, remover os resquícios do curativo de casco, avaliar a evolução do processo regenerativo da lesão tratada e realizar o recorte funcional das unhas. Quando observada a presença de lesão resquicial o animal deverá permanecer em tratamento e um novo plano deve ser estabelecido para a continuação, nesta fase espera-se que o ferimento esteje completamente curado ou em bom estagio evolutivo e pode ser desnecessária a colocação de novo curativo de casco, ou a utilização de um curativo de menor durabilidade.
Em caso de dúvidas ou melhores esclarecimentos, consultar através do E-mail: luciano.marega@hotmail.com ou watszap: (14)998204733 com Luciano Marega
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